Os Palimpsestos: Reenceto

  Técnica: colagem tridimensional
  Materiais: Porta-rolhas, espelho, pregos, páginas de livros e fio de led.

O porta-rolhas se transforma. De objeto cotidiano a uma peça carregada de significados, ressurge como um relicário de memórias e possibilidades. Em seu interior, pregos formam uma coroa de espinhos, circundando um espelho que reflete não a identidade verdadeira, mas a versão purificada, intocada.
O espectador é convidado a olhar para si e perceber a distância entre o que é
e o que poderia ser.

Fragmentos de livro se prendem em meio ao processo, representando narrativas mortas, histórias deixadas para trás, que formam uma linha invisível entre as duas versões de si mesmo: o real e o ideal. O objeto revela uma dualidade silenciosa: a realidade com suas imperfeições e as fantasias com suas promessas de pureza.
“Os Palimpsestos: Reenceto” é uma reflexão sobre o processo de transformação, onde
a dor e a cura coexistem, e o espelho se torna um portal para as versões nunca totalmente reconciliadas de nós mesmos. A necessidade intrínseca que possuímos de reinvenção
e transformação.